Friday, May 17, 2013

A água que pode virar lixo

Numa altura em que se discute a cada vez mais forte possibilidade de entregar a gestão das águas e do lixo ao sector privado, o que mais uma vez aparenta ser uma medida desprovida de qualquer tipo de reflexão ou pior, com uma agenda escondida por trás. Vejamos: faz sentido entregar a uma empresa dois serviços que são indispensáveis na vida de qualquer pessoa? De algo que não nos é permitido optar ter ou não ter, ou de algo em que existam várias empresas numa cidade com diferentes tipos de serviços e de preços, estamos a falar de um monopólio legal.
Mais uma vez o Estado irá entregar a grupos de interesse um serviço que deveria ser ele, ou as autarquias a prestar através dos impostos, e ao fazê-lo está não apenas a criar mais um aumento de custos quer para as pessoas quer para si próprio, pois será o que vai acontecer ao serem detectadas as chamadas ineficiências do mercado, irão ser sobretudo as autarquias que terão de transferir dotações dos seus orçamentos  municipais para as corrigir.
Um outro factor é o financiamento pouco claro aos partidos, sobretudo a nível local pois como todos sabemos, a promessa de uma vitória no concurso A, B ou C poderá ser tentadora para muitos grupos menos escrupulosos.
Não, nada me move contra as privatizações, apenas creio que não fã sentido entregar a privados serviços essenciais para as populações, sobretudo serviços que não temos qualquer escolha que nos permita mudar o seu prestador em caso de insatisfação.

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